o desmatamento na amazônia e suas consequências

 

O desmatamento na Amazônia é um problema ambiental que ameaça a biodiversidade desse bioma desde a década de 1970. Várias causas estão por trás dessa prática, como a construção de grandes obras de infraestrutura na região Norte do Brasil e o avanço da fronteira agrícola para áreas recobertas pela floresta. A intensificação das queimadas na Amazônia acontecem junto ao aumento das taxas de desmatamento.



Os picos de desmatamento na Amazônia aconteceram em 1995 e 2004, quando respectivamente 29 mil e 27 mil km² de área tiveram a cobertura vegetal removida. A década de 1990 ficou marcada pela oscilação nas taxas de desmatamento, que caminharam junto das transformações na economia brasileira.

O período que se estende de 2004 e 2015 foi marcado pela queda geral dos índices de desmatamento. O Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), de 2004, foi um dos principais responsáveis por essa queda.




Foi a partir de 2017 que a curva do desmatamento voltou a subir de forma contínua, o que se tornou motivo de preocupação das comunidades nacional e internacional. A flexibilização das leis ambientais é uma das causas para o aumento da área desmatada.




O desequilíbrio ambiental, a perda de biodiversidade em larga escala e a intensificação das mudanças climáticas são algumas das consequências do desmatamento na Amazônia.
O desmatamento na Amazônia tem gerado inúmeras consequências nocivas para o meio ambiente e para a população brasileira, tais como.


*Alteração do funcionamento dos ecossistemas* a remoção da cobertura vegetal afeta a biodiversidade, a estrutura e a fertilidade dos solos, o ciclo hidrológico e os serviços ambientais prestados pela floresta.
*Alterações climáticas do mundo e do clima regional* a floresta amazônica é responsável por regular o clima na região e no planeta, por meio da evapotranspiração, da absorção de carbono e da formação de chuvas.


O desmatamento reduz essas funções e contribui para o aquecimento global e para a diminuição das precipitações.


*Prejuízos econômicos e sociais para o ambiente* o desmatamento compromete o potencial econômico da floresta, que poderia gerar renda e emprego por meio do uso sustentável dos recursos naturais. Além disso, afeta a qualidade de vida das populações locais, que dependem da floresta para sua sobrevivência cultural e material.


*Impacto na fertilidade do solo e nos ciclos hidrológicos* o solo da Amazônia é pobre em nutrientes e depende da matéria orgânica proveniente da vegetação para se manter fértil. O desmatamento leva à perda dessa matéria orgânica e à erosão do solo, que fica mais vulnerável às chuvas e às enchentes.


O desmatamento também interfere no ciclo da água, pois reduz a evaporação e a transpiração das plantas, que são fundamentais para a formação das nuvens e das chuvas.


*Aumento dos gases que colaboram com o efeito estufa* o desmatamento libera na atmosfera o carbono que estava armazenado na biomassa vegetal, principalmente por meio das queimadas. Isso aumenta a concentração de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), que intensificam o aquecimento global.


*Crescimento das taxas de nascimentos prematuros* um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e americanos revelou que o aumento do desmatamento na Amazônia está associado ao aumento das taxas de nascimentos prematuros na região. Isso se deve à exposição das gestantes à poluição do ar gerada pelas queimadas, que pode causar partos antecipados e baixo peso dos bebês.


*Aumento de mortes e doenças respiratórias nas pessoas e nos animais* as queimadas também são responsáveis por aumentar os casos de mortes e doenças respiratórias nas pessoas e nos animais que vivem na Amazônia. A fumaça produzida pelas queimadas contém partículas finas que podem penetrar nos pulmões e causar inflamações, infecções, asma, bronquite, enfisema e câncer.


O governo brasileiro tem anunciado algumas ações para lidar com o problema do desmatamento na Amazônia, mas elas têm sido alvo de críticas e questionamentos por parte de ambientalistas, cientistas e organizações internacionais. Algumas dessas ações são.


O *Plano Amazônia 2021/2022*, que estabelece diretrizes para ações de fiscalização e combate ao desmatamento ilegal, queimadas e outros crimes ambientais e fundiários cometidos na região da Amazônia Legal. O plano prevê a atuação integrada de diversos órgãos federais, estaduais e municipais, sob a coordenação do Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido pelo vice-presidente Hamilton Mourão.


O plano também estabelece metas para a redução do desmatamento nos próximos dois anos, mas elas são consideradas insuficientes e pouco ambiciosas por especialistas.


A *Operação Guardiões do Bioma*, que visa enfrentar os incêndios florestais em 11 estados dos biomas da Amazônia, Cerrado e Pantanal. A operação conta com a participação da Força Nacional de Segurança Pública, do Ibama, do ICMBIO, das Forças Armadas e dos órgãos estaduais de meio ambiente e segurança pública. A operação foi lançada em julho deste ano e já atuou em mais de 15 mil focos de incêndio na região.


A *aprovação de um orçamento suplementar* de 270 milhões de reais para o Ibama e o ICMBIO, com o objetivo de trazer mais equipamentos e modernizar os órgãos e agências de fiscalização ambiental. O orçamento foi aprovado pelo Congresso Nacional em outubro deste ano, após uma série de cortes e contingenciamentos que afetaram a capacidade operacional dos órgãos ambientais.


No entanto, essas ações têm sido consideradas insuficientes e ineficazes para conter o avanço do desmatamento na Amazônia, que atingiu o maior nível em 15 anos no período entre agosto de 2020 e julho de 2021. Alguns dos fatores que dificultam o combate ao desmatamento são.


A *flexibilização das leis ambientais* e a *redução das áreas protegidas*, que facilitam a ocupação irregular e ilegal da floresta por atividades como agropecuária, mineração e grilagem. Além disso, há uma falta de incentivos para o uso sustentável dos recursos naturais e para a valorização dos povos tradicionais que vivem na região.


A *impunidade dos crimes ambientais* e a *falta de transparência* nas informações sobre o desmatamento. Muitos casos de desmatamento ilegal não são investigados ou punidos adequadamente, o que estimula a continuidade da prática. Além disso, há uma dificuldade de acesso aos dados oficiais sobre o desmatamento, que são contestados ou omitidos pelo governo.


A *redução do pessoal especializado* nos órgãos ambientais e a *interferência política* nas suas atividades. O Ibama e o ICMBIO sofrem com um déficit de servidores qualificados para realizar as fiscalizações e as operações na floresta.


Além disso, há relatos de pressões políticas para impedir ou dificultar as ações dos órgãos ambientais, como exonerações, transferências e censuras.


por fim esperamos que todos esses problemas sejam solucionados
e que deixem a amazônia em paz.